Crepes do Recife


O Anjo Solto, no Pina é o lugar mais famoso para crepes no Recife


Por Paulo Floro

Os crepes talvez não sejam o quitute gastronômico mais característico da França. Mas são, com certeza, os mais populares - afinal, ninguém sai despretensiosamente de casa para comer um foie gras, como quem passa no Drive Thru. Recife, em todas as suas pretensões a ter um sabor francês tem diversas casas dedicadas à comida nascida na região da Bretanha.

Uma das mais conhecidas dos moderdnos e figurantes da cena cultural, o Anjo Solto é talvez a mais recorrente quando o assunto é crepe. Localizada dentro da Galeria Joana D'Arc, no Pina, espaço que é reduto de lojas e restaurantes voltados ao público GLS, a creperia comandada por Angela Santos e Sergio Souto teve uma reforma ano passado e segunda a dona mudou inclusive de ares. "Estamos recebendo cada vez mais um público heterogêneo, como grupos de advogados que cada vez mais visitam a galeria", informa, em contraposição às figurinhas carimbadas do cinema, música e jornalismo que sempre batem ponto ali.

A fama foi conquistada em parte pelo cardápio curioso da casa que dá aos crepes nomes de pessoas conhecidas no meio cultural. O primeiro a rebatizar os pratos, que antes eram numerados foi o jornalista Marcelo Pereira, editor do Jornal do Commercio. "'Pereirinha' foi nossa primeira homenagem, mas hoje temos outros nomes menos famosos ou anônimos", brinca. Sempre em mutação, os batismos acontecem muito por interferência dos clientes que sugerem mudanças nas receitas. Neste ano, a casa que tem 90 opções no cardápio ira renovar a carta, com novas massas e sabores.

Mimetismo

Badalado ponto de lojas e restaurantes frequentados pelo público GLS, a creperia coleciona agora dez títulos nesta categoria. Na casa de Ângela Santos e Sérgio Souto, reformada em 2008, os clientes provam os crepes num ambiente com iluminação reduzida, em clima de aconchegante. Das noventa opções de recheio, cerca de dois terços são salgadas. Um exemplo é a janaina shisido, que combina massa integral gratinada com queijo provolone, preenchida por mussarela de búfala e requeijão, rúcula, tomate fresco sem pele, atum, alcaparra e azeitona preta (R$ 29,50). Entre as sugestões doces, a especialidade pode ser envolta em massa de chocolate - caso do roberta amaral, que mistura geleia de damasco, endro e cream cheese, servido com sorvete de creme, calda de laranja e lâminas de amêndoa (R$ 17,50). Completam o cardápio receitas com tempero oriental, a exemplo da tilápia mediterrânea no papillote, com linguine e pimentão colorido (R$ 24,90).

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